O sistema de zonas nos permite
relacionar várias luminâncias de um objeto com os de cinza, o branco e o preto
que visualizamos, para representar cada luminância na imagem final. Esta é a
base do método de visualização. Deve-se sempre ter um bom negativo para não
depender tantos desses recursos. O sistema de zonas baseia-se na fotografia
convencional, trabalha-se primeiro com o negativo e usa-se todas as informações
necessárias para a imagem final através do controle da cópia do negativo em
papel fotográfico.
A escala de Exposição
Uma vez que a relação
entre a exposição indicada e o tom da cópia resultante é conhecida ou
previsível, usa-se a escala de exposição para determinar o ponto médio da
escala de tons da imagem. Depois, define-se a leitura da exposição feita em uma
única superfície do objeto e usada diretamente para produzir esse cinza médio
na cópia. A superfície original pode ser branca, preta ou ter um tom intermediário,
a leitura dessa superfície e sua utilização na exposição é definida como
exposição pela zona V, e esta produzirá um cinza-médio equivalente ao cartão
cinza para a superfície na cópia final.
A escala de Zonas
Sabendo que a redução da
exposição produz um tom de cópia mais escuro e que o aumento da exposição
produz um tom de cópia mais escuro e que o aumento da exposição produz um tom
de cópia mais claro, para determinar o restante da escala, defini-se que a
variação de um ponto na exposição equivale à variação de uma zona na escala de
exposição, e o cinza resultante na cópia será considerado um tom mais alto ou
mais baixo na escala da cópia.
Exposição pelo Sistema de Zonas
O ajuste Inicial
Para a maior parte das
fotografias, se faz o ajuste inicial com base da área mais escuro do objeto em
cuja imagem se quer preservar os detalhes. Desse modo, já se está apto a
examinar o objeto em busca das áreas mais escuras nas quais a textura ou os
detalhes são necessários e se pode assegurar de fazer tais áreas a exposição
suficiente.
Leitura do Fotômetro nas zonas
A maioria dos fotômetros
modernos possui uma escala arbitrária de números para representar as luminâncias,
na qual cada intervalo de um equivale ao dobro ou à metade de luminância, ou
seja, à variação de um ponto na exposição. O numero indicado pelo fotômetro é
transferido para um disco de conversão no próprio fotômetro, o qual, levando em
consideração a velocidade do filme, relaciona os números da escala aos ajustes
de exposição em termos de numero f e à velocidade do obturador.
Expansão e Contração
Distanciando se da
revelação padrão, no entanto, pode-se ajustar a escala do negativo dentro de
certos limites para obter um espectro de densidades que compensem escalas de
luminâncias curtas ou longas. Pode-se observar que os filmes atuais oferecem
menos possibilidades de controle de contraste por meio da redução ou do aumento
da revelação do que os filmes que existiam há 40 anos atrás. No entanto, a
modificação da revelação ainda é um meio válido de controlar o contraste, mesmo
que seja preciso combiná-la a outros métodos para alcançar na cópia os efeitos
visualizados.
Sensitometria
Sensitometria é a ciência
que estabelece a relação entre exposição e densidade na fotografia. Se o
sistema de zonas for compreendido, fica fácil entender os princípios
sensitométricos, o que é muito útil aos fotógrafos.
Densidade
Para entender o que é a
densidade, deve-se pensar no que acontece quando a luz passa por um negativo
revelado. Uma pequena quantidade de luz é refletida ou absorvida, e o restante
é transmitido. A quantidade de luz que passa através do negativo depende da
quantidade de prata depositada naquele local durante a revelação e a luz
transmitida pode ser medida como sendo uma porcentagem da luz incidente no
negativo.
Filmes em Rolo e de 35 mm
O controle completo por
meio do Sistema de Zonas exige a revelação individual de cada negativo, o que
não é prático quando lidamos com filmes em rolo. Mesmo assim é um erro concluir
que o Sistema de Zonas não funciona com câmeras que operam com filmes em rolo,
ao mesmo tempo em que permite considerável liberdade no controle dos
procedimentos que levam aos objetivos visualizados, o Sistema de Zonas ensina a
visualizar imagens dentro dos limites impostos pelo processo.
Filmes Reversíveis (Transparências ou Slides)
Os procedimentos
relativos ao sistema de zonas descrito se aplicam aos filmes negativos
preto-e-branco convencionais e de certa maneira aos filmes negativos coloridos.
Os filmes reversíveis precisam de uma abordagem um pouco diferente. Entre esses
filmes encontram-se as transparências e as cópias Polaroid Land. Com os
negativos, o procedimento é expor pensando nas sombras e revelar pensando nas
altas-luzes, um processo que se baseia na utilização de apenas da exposição
para controlar as áreas de baixa densidade e na combinação de
exposição-revelação para controlar as altas densidades. O mesmo se aplica aos filmes reversíveis,
exceto pelo fato de que as áreas de baixa densidade serem agora as altas-luzes
do objeto, e as altas densidades, as sombras.
Viviane Ninov
Disciplina: Laboratório Preto e Branco
Professor: Fenando Pires
Tecnólogo em Fotografia - ULBRA - 2011/2